#1
Velga (talvez do castelhano embelga, courela, leira) é, na tradição oral, o nome dado aos pequenos campos cultivados que se distribuem nas encostas da serra da Estrela onde outrora se plantavam batatas e semeava centeio, milho.
Este ano cultivamos uma ideia.
Olhamos a aldeia com vontade de a habitar: de teatro, música e novo circo. Enchê-la de histórias e novos caminhos para a descobrir. Queremos usar as suas ruas, largos e salões e fazer dela o cenário desta ocupação. Agitar os dias longos de verão e as noites quentes de agosto. Convidar quem passa, desafiar quem vê. Eis o quê:
Para os mais novos a semana começa mais cedo, no salão paroquial, com a segunda edição do miniLAB de artes performativas, de 15 a 19, para crianças até aos 13 anos e com orientação da bailarina Francisca Mantas Pinto.
No dia 17 a atriz e encenadora Catarina Requeijo abre a programação com Muita Tralha, Pouca Tralha, uma viagem bem disposta e cheia de contratempos até à Batalha: para ver ao final da tarde em frente ao CREV. Quando o sol já se tiver posto no ringue, a companhia portuense Erva Daninha apresenta RASTO, um espetáculo de circo contemporâneo que mostra como os homens todo–o-terreno procuram o equilíbrio, entre muitas acrobacias no trator. No dia 18, ainda Catarina Requeijo, traz-nos Memórias de uma Falsificadora, a história de Margarida Tengarrinha e a vida na clandestinidade desta e tantas outras mulheres durante o período do Estado Novo.
Por estes dias há sofás para sentar, admirar e escutar. São uma criação da companhia de teatro de Canas de Senhorim, Amarelo Silvestre, com Lígia Soares e um convite à pausa e à escuta. Se os encontrar, atreva-se a deitar-se e ouvir o que têm para lhe contar.
Ao som da viola campaniça, mergulhamos com O Gajo nas raízes da música portuguesa e voltamos à superfície com sonoridades reinventadas. É no dia 19 à noite, no jardim da Igreja Antiga.
Para sábado, dia 20, num dia em que a programação é repartida com a Associação Vallecinus, o convite é madrugar e ir caminhar. O roteiro percorre várias partes importantes da aldeia e de outros trilhos pedestres. À tarde, há animação na piscina para miúdos e show cooking no salão para graúdos. À noite recebemos Rui Paixão (ex Cirque du Soleil) e o seu palhaço Albano, numa exploração do medo do ridículo e de como rir do desconforto. Depois disso o som subirá de volume pela mão dos dj’s locais, DJ Steven e DJ Boozye que prometem encerrar esta edição de Ocupar a Velga com muita batida eletrónica.
Convidamos os reticentes e os curiosos; os entusiastas e os tímidos, as gentes da terra, os vizinhos e os que vêm de fora. As sementes estão lançadas.
Este ano cultivamos uma ideia. E a ideia é continuar!
Filipe, Patrícia e Sandra
Programa
Programa 2021
Agosto
setembro
outubro
#1
Velga (talvez do castelhano embelga, courela, leira) é, na tradição oral, o nome dado aos pequenos campos cultivados que se distribuem nas encostas da serra da Estrela onde outrora se plantavam batatas e semeava centeio, milho.
Este ano cultivamos uma ideia.
Olhamos a aldeia com vontade de a habitar: de teatro, música e novo circo. Enchê-la de histórias e novos caminhos para a descobrir. Queremos usar as suas ruas, largos e salões e fazer dela o cenário desta ocupação. Agitar os dias longos de verão e as noites quentes de agosto. Convidar quem passa, desafiar quem vê. Eis o quê:
Para os mais novos a semana começa mais cedo, no salão paroquial, com a segunda edição do miniLAB de artes performativas, de 15 a 19, para crianças até aos 13 anos e com orientação da bailarina Francisca Mantas Pinto.
No dia 17 a atriz e encenadora Catarina Requeijo abre a programação com Muita Tralha, Pouca Tralha, uma viagem bem disposta e cheia de contratempos até à Batalha: para ver ao final da tarde em frente ao CREV. Quando o sol já se tiver posto no ringue, a companhia portuense Erva Daninha apresenta RASTO, um espetáculo de circo contemporâneo que mostra como os homens todo–o-terreno procuram o equilíbrio, entre muitas acrobacias no trator. No dia 18, ainda Catarina Requeijo, traz-nos Memórias de uma Falsificadora, a história de Margarida Tengarrinha e a vida na clandestinidade desta e tantas outras mulheres durante o período do Estado Novo.
Por estes dias há sofás para sentar, admirar e escutar. São uma criação da companhia de teatro de Canas de Senhorim, Amarelo Silvestre, com Lígia Soares e um convite à pausa e à escuta. Se os encontrar, atreva-se a deitar-se e ouvir o que têm para lhe contar.
Ao som da viola campaniça, mergulhamos com O Gajo nas raízes da música portuguesa e voltamos à superfície com sonoridades reinventadas. É no dia 19 à noite, no jardim da Igreja Antiga.
Para sábado, dia 20, num dia em que a programação é repartida com a Associação Vallecinus, o convite é madrugar e ir caminhar. O roteiro percorre várias partes importantes da aldeia e de outros trilhos pedestres. À tarde, há animação na piscina para miúdos e show cooking no salão para graúdos. À noite recebemos Rui Paixão (ex Cirque du Soleil) e o seu palhaço Albano, numa exploração do medo do ridículo e de como rir do desconforto. Depois disso o som subirá de volume pela mão dos dj’s locais, DJ Steven e DJ Boozye que prometem encerrar esta edição de Ocupar a Velga com muita batida eletrónica.
Convidamos os reticentes e os curiosos; os entusiastas e os tímidos, as gentes da terra, os vizinhos e os que vêm de fora. As sementes estão lançadas.Este ano cultivamos uma ideia. E a ideia é continuar!
Filipe, Patrícia e Sandra