MUSCULUS (2019) abrange uma busca significativa do corpo performatico como uma manifestação da imagem humana comum. No sentido lato podemos observar que no período musteriense (paleolítico) surge o neandertal com uma soberba corpulência do género feminino, algo que estava diluindo e/ou acumulando com a evolução dos tempos. Os seus corpos eram atarracados, musculados, largos e selvagens como os dos homens. Como evocar um corpo ancestral feminino no século XXI? Será que este corpo criará uma amálgama própria? É possível encontrar um código genético para esse corpo?
Numa fase de criação inicial foi resgatada a imagem e a corporeidade da mulher neandertal, à procura da criação de um “Ser-Ancestral”, fazendo uma convocação e uma construção de uma outra identidade de género, de um outro corpo, de uma outra voz, o caráter visceral do próprio movimento na sua “génese”. Para além dos dogmas, anteriormente referidos impera a conversão do “Ser-Ancestral” num “Ser-Performatico”, tomando assim posse de diversos mecanismos cénicos desde a música e sonoplastia ao vivo, à luz, às esculturas cenográficas e ao figurino.
A viagem da evolução das espécies remete para uma busca da transformação do corpo da mulher tanto em relação à própria performer como em relação ao conceito inicial – mulher neandertal.
Em MUSCULUS a criação do “corpo anamorfo” é a acumulação do género, dos dogmas da sociedade, da herança geracional e temporal na qual culminam a habitação de um espaço que é adotado como incubadora criativa ou tubo de ensaio para esta experiência de transformação do próprio corpo, tanto em termos físicos, como em termos espaço-temporais e conceptuais.
Ficha Técnica
Conceito & Performance Beatriz Soares Dias
Música e Sonoplastia ao Vivo Miguel Lucas Mendes
Desenho e Operação de Luz André de Campos
Esculturas Cenográficas André de Campos
Produção Produção d’Fusão | Patrícia Soares & Filipe Metelo
Apoio à criação e à residência artística Companhia Olga Roriz no âmbito do projeto Interferências
M/16 35min.
MUSCULUS (2019) abrange uma busca significativa do corpo performatico como uma manifestação da imagem humana comum. No sentido lato podemos observar que no período musteriense (paleolítico) surge o neandertal com uma soberba corpulência do género feminino, algo que estava diluindo e/ou acumulando com a evolução dos tempos. Os seus corpos eram atarracados, musculados, largos e selvagens como os dos homens. Como evocar um corpo ancestral feminino no século XXI? Será que este corpo criará uma amálgama própria? É possível encontrar um código genético para esse corpo?
Numa fase de criação inicial foi resgatada a imagem e a corporeidade da mulher neandertal, à procura da criação de um “Ser-Ancestral”, fazendo uma convocação e uma construção de uma outra identidade de género, de um outro corpo, de uma outra voz, o caráter visceral do próprio movimento na sua “génese”. Para além dos dogmas, anteriormente referidos impera a conversão do “Ser-Ancestral” num “Ser-Performatico”, tomando assim posse de diversos mecanismos cénicos desde a música e sonoplastia ao vivo, à luz, às esculturas cenográficas e ao figurino.
A viagem da evolução das espécies remete para uma busca da transformação do corpo da mulher tanto em relação à própria performer como em relação ao conceito inicial – mulher neandertal.
Em MUSCULUS a criação do “corpo anamorfo” é a acumulação do género, dos dogmas da sociedade, da herança geracional e temporal na qual culminam a habitação de um espaço que é adotado como incubadora criativa ou tubo de ensaio para esta experiência de transformação do próprio corpo, tanto em termos físicos, como em termos espaço-temporais e conceptuais.
Ficha Técnica
Conceito & Performance Beatriz Soares Dias
Música e Sonoplastia ao Vivo Miguel Lucas Mendes
Desenho e Operação de Luz André de Campos
Esculturas Cenográficas André de Campos
Produção Produção d’Fusão | Patrícia Soares & Filipe Metelo
Apoio à criação e à residência artística Companhia Olga Roriz no âmbito do projeto Interferências
M/16 35min.